Pages

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Caixa Econômica e MP procuram os donos de R$ 600 milhões do FGTS

A Caixa Econômica e o Ministério Público do Trabalho procuram os donos de 600 milhões de reais do FGTS, o fundo de garantia por tempo de serviço.

Quando se aposentou, Maria Lucy Castro sacou todo o saldo do fundo de garantia por tempo de serviço. Agora, 20 anos depois, ela foi surpreendida com mais dinheiro na conta. “Agora por último recebi 760 e uns quebrados”.

Milhares de brasileiros podem ter o mesmo direito. A Caixa Econômica está com R$ 600 milhões em contas do FGTS sem saber quem são os donos.

A maior parte desse dinheiro é referente a depósitos feitos por municípios, que recolheram o FGTS, mas não informaram para a Caixa Econômica os dados dos beneficiários. Assim, o dinheiro fica retido na conta até a identificação dos trabalhadores.

A maior dificuldade é que as dívidas são acumuladas desde a época da criação do FGTS, na década de 60. "Esse FGTS está depositado, há apenas a necessidade num sistema contábil, de identificar efetivamente quanto ele vai fazer jus desse valor que na época da prestação do serviço ele teria direito", explica Nicodemos Fabrício Maia, procurador do Trabalho.

O fundo de garantia por tempo de serviço é um depósito mensal, correspondente a 8% do salário, que as empresas devem fazer em uma conta do trabalhador. Para localizar as pessoas que têm direito aos R$ 600 milhões depositados, o Ministério Público do Trabalho, em parceria com a Caixa, faz acordo com municípios para que forneçam a lista oficial dos beneficiários, mas servidores que deixaram de receber o FGTS também podem ajudar.

“Muitas vezes, a prefeitura também não tem esses dados dos trabalhadores porque faz muito tempo, não tem a folha de pagamento, então seria importante ele apresentar seus dados porque ajudaria o trabalho da prefeitura nessa identificação”, diz Andréa Vieira Novais, gerente de FGTS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário