O Equador levará o tempo que julgar necessário para decidir sobre o pedido de asilo do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse nesta quarta-feira o presidente Rafael Correa, à margem da cúpula sobre desenvolvimento sustentável Rio+20.
"Levaremos o tempo que for necessário porque se trata de um assunto muito sério que assumimos com absoluta responsabilidade", assinalou Correa em entrevista ao canal regional Telesul no Rio de Janeiro.
"Estamos analisando muito seriamente e com responsabilidade o pedido de asilo do senhor Julian Assange, e até não concluirmos esta análise não poderemos nos pronunciar oficialmente", destacou o presidente equatoriano.
Correa confirmou a declaração do chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, de que seu governo examina o pedido de asilo sob o foco da denúncia de Assange de que pode ser condenado à morte se for extraditado aos Estados Unidos, onde é investigado por espionagem.
"Em nossa Constituição não se permite a pena de morte, se estabelece o direito ao devido processo. É preciso analisar se estes direitos foram violados, se o risco da pena de morte existe".
Assange, 40 anos, pediu asilo político na embaixada do Equador em Londres, na tentativa de evitar sua extradição para a Suécia, onde é procurado por supostos crimes sexuais.
O fundador do WikiLeaks nega as acusações de agressão sexual feitas por duas ex-voluntárias do site, e afirma que as manobras com o objetivo de enviá-lo à Suécia têm motivação política e visam sua extradição aos Estados Unidos.
Correa minimizou o impacto de uma decisão favorável ao asilo nas relações internacionais: "se um pedido de asilo afetasse as relações com Inglaterra e Estados Unidos, a América Latina deveria estar afetadíssima porque todos os corruptos do Equador, todos os banqueiros que quebraram aqui foram pedir asilo nos EUA...".
"Isto é uma figura estabelecida no direito internacional e qualquer país tem o pleno direito, dentro de sua soberania, de analisar a possibilidade de dar asilo a um cidadão do mundo".
Mais cedo, o chanceler Patiño, que também está no Rio de Janeiro, revelou no Twitter que "analisamos o risco denunciado por Assange de que seja julgado por razões políticas e possa ser condenado à morte" nos Estados Unidos.
"A Constituição do Equador respeita o direito à vida, não admite a pena de morte e defende plenamente a liberdade de expressão", afirmou Patiño.
AFP
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Equador levará 'tempo necessário' para decidir sobre Assange
quarta-feira, 20 de junho de 2012
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