O resultado imediato desse voto do relator sobre o habeas corpus movido pela defesa de Cachoeira seria a imediata libertação do contraventor. Isso só não aconteceu porque um dos ministros pediu vista do processo. O julgamento será retomado somente na próxima semana.
Segundo Tourinho Neto, o delegado encarregado da investigação, Matheus Mella Rodrigues, cometeu um erro ao fundamentar o pedido de interceptações ao basear-se apenas em denúncias anônimas e em uma notícia de jornal. Segundo o desembargador, o juiz federal que autorizou os grampos tomou essa decisão sem a devida fundamentação. "Não se pode haver a banalização das interceptações, que não podem ser o ponto de partida de uma investigação, sob o risco de grave violação ao Estado de Direito", afirmou.
![]() |
Alvo de CPI no Congresso Nacional, Carlinhos Cachoeira pode até ser libertado (foto: O Globo) |
O julgamento do habeas corpus está a cargo da terceira turma do TRF1, que tem três membros. Ou seja, se apenas mais um juiz acompanhar o relator, os grampos da operação Monte Carlo estarão anulados, quebrando, com isso, toda a espinha dorsal da investigação e facilitando a defesa dos 81 denunciados pelo Ministério Público.
A Operação Monte Carlo investiga uma rede de corrupção, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e exploração de jogos ilegais em Goiás e no Distrito Federal. O esquema seria comando por Cachoeira, com a participação de policiais, inclusive delegados das polícias federal e civil, além de empresários, autoridades e políticos.
0 comentários:
Postar um comentário