Ao contrário de seus contemporâneos, Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison, John Lennon não morreu devido ao abuso de drogas, mas confirmou a "maldição dos J” no rock. John foi viciado em heroína, mas conseguiu se recuperar – se livrou das drogas, mas não escapou do fanatismo e da doença mental de Chapman. Quando morreu, aos 40 anos, ele estava limpo e havia abandonado a exposição pública, para se transformar em um homem dedicado à família.
Lennon rompeu com os Beatles em 1970 e, durante a década seguinte, desenvolveu um trabalho solo. O casamento com a artista plástica japonesa Yoko Ono marcou essa nova fase, na qual John ganhou visibilidade como ativista político, personificando o idealismo libertário dos anos 60 e 70.
A inquietação do artista diante do comportamento da sociedade e do governo era contestada por meio de intervenções pacifistas, como a “bed-in”, na qual pregou o fim da guerra do Vietnã em uma cama, ao lado da esposa.
Mark tinha fixação por John. Imitava o ídolo constantemente e chegou até mesmo a se casar com uma japonesa mais velha, assim como Yoko. A idolatria afetou sua saúde mental e ele perdeu a noção da realidade: ao pedir demissão, assinou John Lennon, ao invés de escrever seu nome verdadeiro.
O fã planejou o ataque por acreditar que o ídolo era uma farsa e que não merecia viver, pois havia aderido a práticas consumistas e não agia mais conforme pregava em seus atos como militante pacifista. Chapman acreditava que o autor de “Imagine” e “Give peace a chance” não poderia viver em um prédio luxuoso como o Dakota e não merecia mais viver.
O assassino não fugiu do local e ficou parado, sem qualquer reação. Trazia o clássico “O apanhador no campo de centeio”, de J.D. Salinger, um livro que marcou gerações. O homem que matou Lennon foi condenado à prisão perpétua e está preso desde dezembro de 1980.
O recente lançamento do “The Beatles: Rock Band”, do game Guitar Hero, evidencia o fenômeno de vendas que sobrevive ao tempo, quase meio século depois. Finalmente liberados para venda na loja virtual iTunes, os discos dos Beatles voltaram ao topo das paradas do mercado digital.
A sobrevida da beatlemania ficou evidente também nos recentes shows de Paul McCartney no Brasil. Famílias lotaram os estádios e se emocionaram no espetáculo solo do principal parceiro de Lennon. Paul arrancou lágrimas do público ao dedicar a música “Here, Today” ao amigo John: “and if I say I really knew you well/ what would your answer be/ if you were here today...”.
Ouça as músicas de John Lennon.
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