Bahia disputa central nuclear

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Grupo A TARDE reúne especialistas para debater possível instalação de usina no Estado

Projeto do governo federal para expandir a geração de energia nos próximos 30 anos prevê a instalação de uma central nuclear com duas usinas na Região Nordeste.
A pesquisa que vai apontar a localização definitiva da obra já está sendo conduzida pela Eletronuclear, estatal que administra as duas usinas instaladas na cidade de Angra dos Reis (RJ). A Bahia, junto com Sergipe, Alagoas e Pernambuco, disputa a instalação da central nuclear.
Com o objetivo de esclarecer a população sobre tema, o Grupo A TARDE convidou especialistas para debater o assunto.
O bem-estar humano e o crescimento da economia brasileira dependem da crescente oferta de energia elétrica.
Desde 1970, o Brasil convive com o risco de apagões.
Em 1999, por exemplo, parte do País ficou sem energia elétrica por cerca de quatro horas.
Situações desse tipo, que podem ser causadas por falta de chuvas ou de um planejamento eficiente, indicam que o Brasil não pode depender apenas da energia produzida pelas centrais hidrelétricas.
Nas próximas páginas, o leitor encontrará argumentos contra e a favor da energia nuclear e conhecerá os avanços tecnológicos que permitiram ao Brasil dominar a tecnologia para a produção de energia a partir do urânio.
DONALDSON GOMES Para garantir o crescimento econômico acima de 4,1% pelos próximos 20 anos, o Brasil vai precisar incluir em sua capacidade de geração de energia atual – próxima dos 100 mil megawatts – três mil megawatts por ano.
Energia elétrica suficiente para abastecer uma Salvador e meia. Neste contexto, o Plano Nacional de Energia 2030 aponta a necessidade de ampliação da matriz (fonte de produção) nuclear, entre outras.
A Região Nordeste deverá ter uma central nuclear com duas usinas – a primeira entra em atividade em 2019 e a segunda em 2022.
O governador Jaques Wagner já declarou que vê com bons olhos a possibilidade de a Bahia receber um investimento a partir de R$ 10 bilhões, mas que pode chegar a R$ 14 bilhões, a depender da potência do reator escolhido.
“A coisa está incipiente, mas vou me empenhar politicamente para trazer, sim.” A Eletronuclear, estatal que pesquisa locais e vai operar as usinas, acredita na geração de 5,5 mil empregos durante os oito anos de construções, além de 1,5 mil durante a operação.
Para garantir o espaço para a mão-de-obra local, as usinas serão acompanhadas por uma escola técnica.
Nas próximas duas décadas, a demanda por energia elétrica vai aumentar 43,26%.
número de domicílios ligados à rede vai passar dos atuais 57,5 milhões para 82 milhões, segundo o Plano Nacional de Energia 2030. Até lá, acredita-se que todos os brasileiros terão acesso à luz elétrica.
Com as restrições ambientais para a construção de novas hidrelétricas, responsáveis por 80% do atual fornecimento, as incertezas em relação ao futuro do petróleo, o uso do urânio tem ganhado adeptos.
Reflexão Durante o debate, a representante do State of the World Fórum, Emília Queiroga Barros, propôs uma reflexão a respeito do tipo de desenvolvimento que o Brasil busca.
“Precisamos definir se queremos criar a nossa própria solução ou seguir o que os outros estão fazendo”.
Ministro de Minas e Energia na época da construção de Angra I, ex-presidente da Petrobras, o consultor Shigeaki Ueki acredita que se o Brasil tivesse implementado o programa nuclear há mais tempo, poderia ter evitado o apagão.
“Este país precisa decidir se quer se tornar uma potência.
Se quiser, vai precisar da energia nuclear”. O assessor da Eletronuclear, Leonam Guimarães, aponta a energia nuclear como competitiva em termos de preços, perdendo só para a hidrelétrica.

Usina é poluente, afirmam ambientalistas
Argumento é que o Brasil pode ser sustentável usando matrizes energéticas menos prejudiciais à natureza

O exemplo da Alemanha – que produz, sozinha, mais energia solar que o resto do mundo apenas seis anos depois de iniciar o investimento no setor – foi um dos argumentos utilizados por ambientalistas para dizer que o Brasil não precisa de energia nuclear. Segundo eles, não há necessidade da instalação de novas usinas porque o País tem condições de se sustentar energeticamente utilizando matrizes menos poluentes.
“Somos exemplo para o mundo porque temos 80% de nossa matriz energética utilizando fonte renovável, mas o governo quer retroceder e sinaliza pela implantação de novas usinas nucleares”, argumentou o coordenador da Campanha de Energia Nuclear da ONG Greenpeace Brasil, André Amaral, um dos participantes do debate promovido por A TARDE para discutir o assunto. Segundo ele, a produção da energia nuclear é mais cara e poluente, se for considerado todo o ciclo desde a extração do urânio e transporte.
O coordenador do Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá), Renato Cunha, considera “absurdo” o argumento do governo do Estado de que a Bahia deveria ter a usina porque tem a mina de extração de urânio, em Caetité.
“Defendemos que não só a Bahia mas o Brasil deve lutar para a não-instalação de novas usinas nucleares”, bradou.
Segundo Renato, este modelo energético é cercado de segredos, o que vai de encontro ao modelo desenvolvimentista de participação da sociedade. “Não são divulgados dados sobre acidentes, por exemplo. Fala-se em 50 milhões de pessoas vítimas do urânio”, informou.
Zoraide Vilas Boas, representante do Movimento Paulo Jackson (Caetité/Lagoa Real), exemplificou que as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) demoraram mais de três anos para admitir o vazamento de licor de urânio, que causou problemas de saúde para a população local.
“A empresa é recordista de ações na Justiça”, lembrou.
Contraponto Para o secretário estadual de Meio Ambiente, Juliano Matos, é preciso estudar cuidadosamente o impacto de cada matriz energética, uma vez que todas geram impacto.
Matos disse que o governador Jaques Wagner tem interesse em instalar uma usina no Estado, mas terá de alterar a Constituição estadual, já que tem um artigo que proíbe a instalação.
Os argumentos dos ambientalistas foram contrapostos pelo especialista em petróleo e energia, ex-ministro de Minas e Energia do Brasil e ex-presidente da Petrobras Shigeaki Ueki. Segundo ele, o crescimento do País passa pela instalação de novas usinas nucleares que funcionariam com outras matrizes complementares. “Se a economia crescer 5,8%, será necessário o crescimento da oferta de energia de 7%”, disse.
Segundo ele, 17% da energia gerada no mundo é nuclear.
“Na França, é 80%”.
Armazenamento A favor da instalação das usinas, o professor doutor de física do meio ambiente da Ufba, Alberto Brum Novaes, Phd em física da atmosfera pela Universidade de Londres, garante que a usina nuclear é segura “se forem observados todos os procedimentos, porque os acidentes acontecem por erros humanos”, disse.
O professor observa que o procedimento dentro da usina é limpo, não poluente.
“Mas o grande problema da humanidade é saber o que fazer com o lixo nuclear, que leva gerações para ser neutralizado”, disse. Segundo o professor, alguns países, como EUA, optam por enterrar no deserto, e outros, como Brasil, utilizam piscinas.
Brum aponta como solução energética a fusão termonuclear.
Esta matriz utiliza o hidrogênio, o elemento mais abundante da natureza, como matéria-prima e tem como subproduto o gás hélio.
“Esta ainda é uma tecnologia absurdamente cara, mas pode ser realidade em 2050. O resultado poderá ser energia infinita”, disse.
80% da matriz energética brasileira utiliza matéria-prima renovável, o que coloca o Brasil em situação de exemplo para os demais países. Este percentual poderá se reduzir com a instalação de novas usinas nucleares em terras brasileiras
17% da energia gerada no mundo é a partir de usinas nucleares. No Brasil, é de 2% . A França é o país que mais utiliza proporcionalmente a energia nuclear, com 80%

Sistema fechado reduz uso do rio
Caso sejam instaladas às margens do Rio São Francisco, as duas usinas da Central Nuclear do Nordeste terão um modelo de resfriamento diferente do utilizado em Angra I e II, onde a água do mar entra e é devolvida 5° mais quente ao mar. De acordo com o responsável pelo Escritório da Eletronuclear no Nordeste, Carlos Henrique Mariz, as usinas utilizarão um “sistema fechado”, onde a água permanece em um reservatório para ser reutilizada. “Isso vai reduzir a retirada de água do rio ao mínimo”, diz.
Tríplice fronteira é descartada
Em visita à cidade de Juazeiro, no último dia 5, o presidente Lula confirmou que os governadores da Bahia, Sergipe e Alagoas sugeriram a instalação da Central Nuclear do Nordeste na região da “tríplice fronteira” entre os estados, na Hidrelétrica de Xingó. Entretanto, a Eletronuclear descartou a possibilidade de instalação do empreendimento no local por conta da grande concentração populacional na região.
Atualmente, o local mais provável é entre Rodelas e Barra do Tarrachil, entre a Bahia e Pernambuco.
Cientistas divergem sobre riscos de usina
Possível instalação de central nuclear na Bahia gera polêmica

Quais os riscos oferecidos à saúde humana por uma usina nuclear? Para a população em geral, há sempre o temor em relação à radioatividade, enquanto especialistas da área divergem sobre o assunto.
A ambientalista Emília Queiroga Barros, que participou do debate sobre o tema promovido por A TARDE, diz que há vantagens e desvantagens.
“Cabe à população estar consciente delas para decidir qual a matriz energética que melhor atende às suas necessidades”. Já o físico, engenheiro biomédico e bolsista do Cesteh/Fiocruz Tarcísio Cunha diz que os riscos não são maiores do que qualquer empreendimento de mesmo porte do tipo dos que já estão instalados, por exemplo, em um possível sítio às margens da represa de Sobradinho. Ele lembra que Paris é cercada de usinas nucleares.
“Acidentes nucleares são eventos raros e de risco decrescente.
Usinas nucleares são fortemente reguladas e rigidamente controladas e de impacto ambiental reduzido”, acrescenta.
Mesmo a água a ser extraída do rio, caso seja instalada às margens do São Francisco, é devolvida e não sofre alteração apreciável na radioatividade natural nem em nenhum outro parâmetro físico, químico ou biológico. Isso é fundamental para a saúde pública, assegura o biólogo.
O engenheiro mecânico e coordenador do Laboratório de Energia e Gás (LEN) da Escola Politécnica da Ufba, Ednildo Torres, que é doutor em energia, afirma que a instalação de uma usina nuclear apresenta mais desvantagens que vantagens.
A vantagem, diz Torres, é que este tipo de usina não gera CO2 e, com isso, não contribui para o efeito estufa.
Mas há outros fatores negativos.
“Posso citar vários, como a falta de recursos humanos treinados no País, a ausência do domínio da tecnologia de toda a cadeia que envolve o processo, a energia nuclear é mais cara quando comparada às demais fontes de energia, os resíduos produzidos emitem radioatividade durante muitos anos e há dificuldades no armazenamento dos resíduos, a energia pode interferir nos ecossistemas, além do grande risco de acidente na central nuclear”, enumera.
Segundo os pesquisadores do Instituto Militar de Engenharia (IME M.Sc) Wilson Rebello e Victor Lassance, não há risco apreciável de explosão nas atuais centrais nucleares, brasileiras inclusive, nas proporções da que ocorreu em Chernobyl. “Isto é garantido pelo próprio projeto do reator.
Assim, não se espera que rejeitos de alta radioatividade armazenados localmente nas usinas brasileiras possam ser espalhados por grandes áreas em consequência de explosões”.
“O setor saúde se faz representar em todas as fases do plano de instalação de uma central nuclear na concepção, implantação e simulação”, atesta Arnaldo Lassance, médico pesquisador do Cesteh/Fiocruz e coordenador do Estudo epidemiológico ora em andamento em Caetité.
Na opinião da médica nuclear, titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e chefe do serviço de medicina nuclear do Hospital Aristides Maltez, Virgilina Guimarães Fahel, a probabilidade de ocorrer um acidente é pequena e não justificaria a não-instalação da usina na Bahia.
“Vejo com bons olhos a instalação de uma usina nuclear em nosso Estado. Historicamente, os acidentes têm diminuído muito”. Ela afirma que as instalações estão cada vez mais seguras e os controles mais rígidos.
“A possibilidade de um acidente de trânsito é maior do que com um avião, mas, quando ocorre, mata muito mais pessoas. Vamos ficar esperando isso acontecer?”, rebate Ednildo Torres.
“O governo está tomando uma atitude prematura”
EDNILDO TORRES, engenheiro mecânico e professor


Energias eólica, solar e biomassa são alternativas renováveis

Fundamental para muitos, desnecessária e perigosa para outros tantos, a energia nuclear no Brasil, para alguns pesquisadores, é desnecessária.
Isso porque a solução para a escassez de energia hidráulica estaria em outras matrizes energéticas renováveis, a exemplo da eólica e solar.
“O Estado tem outras fontes de energia que poderiam alavancar o desenvolvimento no Nordeste se fossem bem aproveitas, sobretudo nessa região, já que temos bastante sol e vento”, destaca o doutor em física atômica e professor do Instituto de Física da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Denis David.
O Atlas Eólico Nacional, documento elaborado pelo governo federal, afirma que o potencial de geração de energia eólica do Nordeste chega a 75 gigawatts (GW). Desse total, estima-se que 17,5 GW poderiam ser gerados na Bahia, o que equivale à energia produzida por Itaipu e uma usina do Rio Madeira juntas.
Biomassa A biomassa seria outra alternativa para a geração de eletricidade.
A energia de biomassa é fornecida por matérias de origem vegetal. O quadro das biomassas compreende desde a tradicional lenha das florestas naturais, bagaço de cana, madeira cultivada especificamente para fins energéticos, além do biogás, obtido pela decomposição de dejetos. “Poderíamos estocar energia solar através das plantas, é uma opção muito melhor que a nuclear”, considera o engenheiro mecânico e professor do Laboratório de Energia e Gás (LEN), da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Ednildo Torres.
Já na opinião do físico e professor do Departamento de Ciências Exatas e da Terra da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) Antônio Luiz Almeida, essas energias alternativas também têm suas restrições. “Acredito que depender da natureza é algo perigoso.
Tem dias que não tem sol e nem vento. A energia nuclear é uma fonte de energia regular. Já a solar e a eólica são inconstantes”, defende.


Energia solar é alternativa
A energia solar é citada como uma boa alternativa para substituir a necessidade da instalação de uma usina nuclear.
É considerada uma fonte de energia limpa e renovável, pois não polui o meio ambiente e não acaba.
Esta energia é captada por painéis solares, formados por células fotovoltaicas, e transformada em energia elétrica ou mecânica. É utilizada, principalmente, em residências, para o aquecimento da água. A desvantagem estaria no fato da necessidade de um outro tipo de energia à noite.
“O Estado tem fontes de energia mais viáveis”
DENIS DAVID, doutor em física atômica

“ Poderíamos estocar energia através das plantas”
EDNILDO TORRES, engenheiro mecânico e professor

Central pode ficar em Petrolândia
A região onde fica a Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga (foto), também conhecida como Itaparica, na bacia do Rio São Francisco, na cidade de Petrolândia, em Pernambuco, é apontada como um dos possíveis locais onde será instalada uma das centrais de usina nuclear. A proximidade se justifica porque no local já a existe a infraestrutura de transmissão da energia, resultando em economia de custos. Itaparica foi inaugurada em 1988. O reservatório da usina inundou área de 834 km² da Bahia e Pernambuco.

POTENCIAL HIDRELÉTRICO VAI SE ESGOTAR
ENTREVISTA Carlos Mariz, chefe do escritório da Eletronuclear no Nordeste

O representante da Eletronuclear na Região Nordeste afirma que a evolução da tecnologia minimizou os riscos associados às centrais nucleares.
Segundo Carlos Mariz, que é engenheiro eletricista e professor da Universidade Federal de Pernambuco, o processo de escolha da área das usinas é baseado em uma metodologia similar à utilizada nos Estados Unidos.
O Brasil tem o terceiro maior potencial hidrelétrico do mundo. Apenas 25%desta capacidade é aproveitada. Por que o País precisa expandir seu potencial construindo mais usinas nucleares? A prioridade continuará sendo as usinas hidrelétricas, mas elas vão se esgotar e este potencial energético terá de ser substituído por outras formas de geração.
Não podemos esperar que isso se esgote para começar a utilizar uma nova tecnologia.
Temosque desenvolver capacitação técnica e gerencial no Brasil para podermos dar continuidade a outras formas de geração de energia. A China, que tem o maior potencial hidrelétrico do mundo, está construindo 21 usinas nucleares.
Temos diversos recursos energéticos no Brasil. Temos que explorar todos.
Nossa matriz energética precisa de um mix. Isso nos dará mais confiança.No sistema hidrelétrico, há risco de déficit.
A construção de Angra III se arrasta há 21 anos. As novas
usinas ficarão prontas em menos tempo? Já é possível construir uma usina nuclear no prazo de oito a dez anos. O problema de Angra III é de natureza política. Isso resultou em restrições financeiras que interferiram no andamento da obra.
O governadorJaques Wagner alega que a existência da mina de urânio em Caetité facilitaria a instalação de uma usina nuclear na Bahia.
Quais critérios serão consideradosna escolhadoslocais onde serão construídas as novas usinas? Estamos aplicando uma metodologia criada nos Estados Unidos e que tem quatro etapas. É um estudo que resultará em uma decisão precisa e que não deixará margem para dúvidas. São 76 critérios. Levantamos informações técnicas acerca da geologia do local, se há disponibilidade de água, se não passa aquífero por perto e se não existem instalações perigosas nas proximidades.
A localização da mina não é uma vantagem estratégica.
Omais importante são critérios técnicos. Já concluímos algumas etapas na Região Nordeste. O foco são os estados de Pernambuco, Alagoas, Bahia e Sergipe.
Quais são os atrativos que a Bahia oferece para a instalação de uma usina nuclear? Como outros estados, a Bahia oferece áreas com boa fundação, disponibilidade deágua, ausênciadeimpactos geológicos e de risco de enchentes. Existem vários locais com essas características na Bahia.
O lixonuclear descartadodas centrais será armazenado na área das usinas ou em algum tipo de depósito especial? Existem resíduos de baixa, média e alta radioatividade.
O material é tratado e guardado na usina com total segurança.
O resíduo de maiorgrau deradioatividade é o combustível nuclear, que perde eficiência com o passar do tempo. Ele é guardado em piscinas. Já existem países, como França e Japão, que reprocessam o combustível. Isso reduz para até 2% ovolumedos resíduos de alta radioatividade.


VEJA VÍDEO DO DEBATE EM WWW.ATARDE.COM.BR A Bahia oferece áreas com boa fundação, água e ausência de impactos geológicos

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