Na mesma semana, o Google ganhou máscara de vilão e capa de mocinho no jogo do acesso à informação. De perigoso monopólio, aos olhos da ministra da Justiça da Alemanha, a gigante da internet fez o seu cartaz ao ameaçar o abandono de suas operações na China para quebrar o jugo da censura. Recapitulando: a ministra da Justiça alemã, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger, se mostrou claramente preocupada com o volume de informação sobre as pessoas que o Google tem sob seu poder. Sabine pediu mais “transparência” para os usos desses dados, e usou uma palavra forte ao descrever a empresa, quase um nome feio para alguns – MONOPÓLIO. Entre Orkut, Gmail, Google Docs e Picasa, é realmente muita coisa pessoal nos servidores da Google. O que eles fazem com toda essa informação? Quem controla esses dados? Quando tudo está nas mãos de um grupo só, estamos a perigo? O Google é uma ameaça? Estas são algumas questões nas entrelinhas do “palavrão” utilizado pela ministra. Foi pintado o monstro. Um dia depois, o temido monopólio rebelou-se contra um império. A Google declarou que vai parar de censurar os conteúdos buscados em sua versão chinesa, ainda que desertar um mercado com 350 milhões de internautas custe alguns milhões de dólares aos cofres da empresa. É possível até que os escritórios no país sejam fechados, dado o desagrado da Google com o assédio do governo chinês. Tudo após um ataque a contas de ativistas de direitos humanos na China no Gmail. Surge o mocinho. Note, porém, que as mesmas perguntas sobre o Google também poderiam ser aplicadas à postura do governo chinês com relação à internet: quem controla os dados (censurados)? Quando tudo está nas mãos de um grupo só, estamos a perigo? O governo é uma ameaça? Obviamente não quero colocar Google e governo chinês no mesmo saco. Um restringe o acesso a notícias contra seus interesses (a China ou o Google?). O outro capta informações sobre usuários sem revelar seus interesses (a China ou o Google?). Quando se trata de informações, todo o poder sobre elas parece mau. Cabe aos usuários, que têm essa opção (pobres chineses) decidir se querem ou não colocar suas informações lá. Se é bom ou mau, prefiro dizer que é uma empresa, com bons produtos, mas que têm se preço.
Fonte= Infosfera
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Google: gigante do bem ou gigante do mal?
terça-feira, 16 de março de 2010
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